segunda-feira, 1 de julho de 2013

Fialho não esclarece nada e coloca mais suspeita sobre convênios com entidades fantasmas

Fialho, muito nervoso pouco explicou 
Pálido e nervoso, ao ponto de não conseguir responder objetivamente nenhuma das perguntas formuladas pelos deputados de oposição, o secretário de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar, Fernando Fialho (PMDB), compareceu nesta tarde de segunda-feira ao plenário da Assembleia legislativa e colocou ainda mais suspeitas sobre os convênios realizados com entidades fantasmas para fazer “caixinha” para a campanha eleitoral em 2014.
Ao contrário do que o plenário esperava, Fialho nada soube informar sobre o critério para a escolha do Instituto Ação Social Vera Macieira para execução de obras de melhoria de caminhos de acesso ao povoado fantasma “Trechos”, no município de Raposa, no valor de R$ 5 milhões e nem sobre esclarecer nada sobre as empresas que venceram a licitação, uma vez que o endereço fornecido pela Vera Macieira simplesmente não existe.
O secretário confirmou todas as denúncias da oposição ao afirmar que houve erro material na elaboração dos contratos. Para o líder da oposição, o convênios feito com a Vera Macieira não se trata de erro formal porque não foi sequer publicado no Portal da Transparência para evitar que alguém fiscalizasse.
A sinecura com a entidade Vera Macieira, ao que tudo indica, foi feita sem transparência. No ato da assinatura do contrato, o governo repassou para o Instituto R$ 1,8 milhão e uma segunda parcela no valor de R$ 1,2 milhão. Um detalhe, porém, chama a atenção: os dois pagamentos não constam no Portal da Transparência.
Acuado pela oposição e sem ter como responder aos questionamentos, não restou a Fialho outra alternativa senão anunciar que autorizou uma auditagem no convênios e que, caso seja comprovada a irregularidade, poderá cancelar o contrato.
O secretário tomou a atitude após ser confrontado com a verdade e ver o líder da oposição, Deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB) solicitar a revogação do título de utilidade da entidade por fraudar informações. Rubens Júnior mostrou a Fialho que no local onde deveria funcionar a Vera Macieira existe apenas um terreno com mato e que o CNPJ pertence a outra empresa.
Diante do que foi exposto, o deputado Marcelo Tavares disse está seguro de que a Vera Macieira é uma entidade fantasma que recebeu R$ 5 milhões do governo Roseana. Marcelo denunciou ainda outros 105 convênios suspeitos que não foram publicados no Portal da Transparência e que somente após a denúncia da oposição é que publicaram uma série de erratas no Diário Oficial.
“Duvido que V.Exª tenha feito misso sem ordem superior. Estou lhe usando para fazer caixa para a eleição que não é sua. Não deixe que lhe utilizem e nem permita ser utilizado por quem não está preocupado com V.Exª. Estão lhe usando para fazer eleição. Ele vão se eleger e V.Exª como é que vai ficar? Acho que V.Exª está sendo mais uma vítima”, observou Tavares.
Ao final do seu pronunciamento, Marcelo Tavares advertiu que se Fernando Fialho continuar pagando contratos suspeitos estará sendo conivente. Na mesma pegada, Othelino Neto (PPS) lamentou que o governo tenha dado preferência a conveniar com entidades fantasmas ao invés de conveniar com as prefeituras. Essa foi outra pergunta que ficou sem resposta.

No momento em que o secretário prestavam seu depoimento, um grupo de manifestantes se concentrou em frente ao Palácio Manoel Bequimão gritando palavras de ordem contra a corrupção. O movimento “Dia do Basta! Marcha Contra a Corrupção” foi às ruas no final da tarde de hoje para protestar contra a falta de honestidade do governo.
Com informações do Blog do Jorge Vieira

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