sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

CASO AWÁ-GUAJÁ: INCRA do Maranhão assume o “rabo de foguete” e não apresenta resultado para a crise

trabalhadores desconfiam da boa vontade do Incra

Quando o juiz federal  José Carlos do Vale Madeira emitiu a Ordem Judicial para ser feita desocupação na área em litígio dos índios Awá-Guajá no município de São João do Caru - quem leu o documento  viu, que se tratava de uma desintrusão. Ou seja, retirar os intrusos da área. Intrusos seriam invasores que não teriam direito a nada,  na interpretação da Justiça. Só que a tática da Justiça de emitir o documento no dia 17 de dezembro de 2013, coincidindo com as festas do fim de ano e o recesso nas casas parlamentares do Maranhão e de Brasília não deu certo. Ao chegar na área, as tropas do exército se deram conta da realidade e tiveram que recuar.
Incra assume a bomba mas não apresenta resultado
Com esse recuou e motivado por pressões, o Incra do Maranhão entrou de “gaiato no navio”. Poderia ter dado de ombro. Justificativa tinha de sobra  para fazer isso. Não tinha prazo e muito menos condições para realizar uma licitação e compra de terra em 40 dias. Mesmo que conseguisse a terra a toque de caixa, o ônus de  despejar 6 mil pessoas numa área sem estrutura iria ficar na sua conta.
Não sei se por pressão do Governo Federal, equívoco de sua assessoria ou alguma “casca de banana” jogada de propósito por alguém que queria o lugar do superintendente. Quando o advogado José Inácio Rodrigues  emitiu um edital de compra de terra para assentar os trabalhadores rurais, classificados como intrusos pela Justiça, terminou contradizendo a própria decisão judicial   e assumindo para si toda a responsabilidade.
reunião na Justiça Federal
O mais grave é que agora depois do leite derramado, o Incra tenta a qualquer custo conseguir a adesão  dos trabalhadores rurais para se cadastrarem num projeto fictício de assentamento que não estava  previsto na Ordem Judicial de desintrusão.

Imparcial diz que Incra usa Bolsa Família como chantagem
A pressão sobre as 1200 famílias que desde dezembro convivem com  as tropas do exército no terreiro de casa ( armada até os dentes) aumentou ainda mais depois da reunião que aconteceu na terça-feira com a Justiça Federal, o Incra e o Comando da Operação. O Jornal O Imparcial (quinta-feira, 30 de janeiro) disse que o Incra estava condicionando as adesões dos trabalhadores rurais ao programa Bolsa Família. Ou seja, quem não assinasse o cadastro iria perder o programa. O programa Bolsa Família é um direito conquistado.  Jamais poderia ser usado de tal forma!













Um comentário:

  1. O governo se perdeu mais uma vez nessa empreitada de expulsar o povo e o juiz, talvez sem nenhuma informação, achou que em 40 dias se poderia assentar cerca de 1200 famílias de pequenos produtores rurais, com infraestrutura( estrada, colegios, postos de saúde, agua, sementes para plantar, igrejas etc). São coisas absurdas do Brasil e da nossa Justiça!! Parabéns ao Blog pela bela cobertura...

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